domingo, 9 de agosto de 2009

a chuva.

olho para o céu na ânsia de um dia alegre. e o céu olha pra mim, ansiando por estragar meu dia. se fecha como se engolisse toda minha felicidade, e, por pura maldade, derrama-a gota por gota.
temporal.
sento-me, triste, num cômodo fechado de minha morada. sentia a alegria escorrendo por entre meus dedos. era manhã. eu não enchergava nada lá fora. ao que constava, o mundo escondia de mim os lugares pelos quais eu não passaria, para me conter a vontade mais forte. olho, de soslaio, para a música. ela estava sentada, também triste, como que me esperando.
fui a seu encontro. e como se nunca tivesse feito aquilo antes, me veio a cabeça as imagens de bohemia de vinícius e tom. sentei-me com os acordes em minha mão. inovei a bossa. transformei meu dia. tem vezes que o bicho de uma cabeça é visto em vertigem. a alegria está em todos os lugares. basta saber procurar.
nada mais importa quando se aprende a viver.

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