sexta-feira, 21 de agosto de 2009

da arrogância (a terra de gigantes da lebre e tartaruga)

A lebre e a tartaruga resolveram apostar uma corrida. Aquela, certa de que ia ganhar, resolveu descansar na metade da competição. Sua arrogância lhe custou a vitória. Assim como na fábula, o ser humano parece ter necessidade de provar sua, nem sempre real, superioridade em momentos decisivos. O que fazer para não pecar com a pretensiosidade e sair perdendo?
Atividades de cunho competitivo sempre geraram imodéstias. Perante a possibilidade de perder sua vaga ou sua vitória, o indivíduo pode apresentar nervosismo, provindo da insegurança. Em uma entrevista de emprego, por exemplo, o jovem sem experiência não pode presumir o que o entrevistador espera ouvir. O ato de fazer comentários altivos pode assimilar-se com a "soneca" da lebre, custando-lhe o emprego.
Enquanto os inseguros buscam a "autoafirmação", os psicologicamente preparados e autoconfiantes agem humildemente. Na fábula, a tartaruga dá o máximo de si sem presunção, o que lhe oferta o lugar mais alto do pódio. Portanto, antes de se envolver em qualquer competição, o concorrente tem de estar seguro de si, para, ao contrário do soberbo, demonstrar que (geralmente) o recatado é, em sua modéstia, o verdadeiro superior.
A clássica fábula, na qual todos tomam partido, é de suma utilidade. Na estória, o momento decisivo era a corrida. Na "terra de gigantes" em que vivemos, o grande erro das inúmeras “lebres” é o descaso com o próximo. A simplicidade de ser e tratar com as pessoas é privilégio dos fortes, dos gigantes sem ego. Dessa forma, o caminho do sucesso é promovido por tal valor. Demonstrar segurança em humildade é sempre o melhor caminho para a vitória.




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(Mateus Zanolla Chaves e Bruna Zordan Borges)

sábado, 15 de agosto de 2009

da necessidade de liberdade.

solidão. essa forte angústia corrói o coração de cada ser humano em seu alcance. tardes, noites, horas, séculos. ninguém está livre de se sentir vazio. um dia, todos experimentam essa sensação. tentamos preencher o espaço vazio com tudo ao nosso alcance. são nessas tentativas obsolentes frustradas que descobrimos a carência da amizade que temos.

por mais que as pessoas façam questão de levantar o nosso estima com seus clichês de "você é forte", descobrimos o quão futil e idiota se torna nossa existência quando estamos sozinhos. ninguém é igual a ninguém. e ninguém é perfeito. necessitamos errar. necessitamos acertar. e também, e talvez principalmente, precisamos dos defeitos e acertos, uns dos outros.

quem sabe não aprendo vendo os erros de meu amigo? ou quem sabe aínda, não ensino através do pior de meus atos? por mais infame que pareça, toda e qualquer ação gera uma reação. e essa reação pode ser o aprendizado. bom ou mal.

agora mesmo, a vontade sair e ver meus amigos me encomoda. amigos. esses sim sabem de nós. necessitamos deles, e eles de nós. para isso, devemos cultivá-los. repetindo o já dito: toda ação gera uma reação. plantamos o que colhemos. a liberdade, a amizade, só surtirá efeito na sua vida, se você surtir efeito nela.

"aínda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria!"

domingo, 9 de agosto de 2009

a chuva.

olho para o céu na ânsia de um dia alegre. e o céu olha pra mim, ansiando por estragar meu dia. se fecha como se engolisse toda minha felicidade, e, por pura maldade, derrama-a gota por gota.
temporal.
sento-me, triste, num cômodo fechado de minha morada. sentia a alegria escorrendo por entre meus dedos. era manhã. eu não enchergava nada lá fora. ao que constava, o mundo escondia de mim os lugares pelos quais eu não passaria, para me conter a vontade mais forte. olho, de soslaio, para a música. ela estava sentada, também triste, como que me esperando.
fui a seu encontro. e como se nunca tivesse feito aquilo antes, me veio a cabeça as imagens de bohemia de vinícius e tom. sentei-me com os acordes em minha mão. inovei a bossa. transformei meu dia. tem vezes que o bicho de uma cabeça é visto em vertigem. a alegria está em todos os lugares. basta saber procurar.
nada mais importa quando se aprende a viver.

sábado, 8 de agosto de 2009

a imaginação das pessoas.

Ele, uma pessoa diferente, aficionada por literatura, MPB e rock'nroll. Ela, bem longe dele. conheceram-se numa tarde morena e desleixada (pelo menos na terra dele). naquele dia algo aconteceu
Sempre que Ele correspondia com ela, as estrelas enamoravam-se lá do alto. e a subjeção da vida lhes era tão agradável, quanto um doce. apaixonaram-se. o problema era a distância. mas problemas não existem. não quando se está apaixonado.
Nos derrepentes da estrada, Ela o deixou. pelo menos foi isso que Ele pensou. Ele chorou. Ele gritou. Ele sentiu. falta, medo e frio.
Três dias depois, Ela viveu. e Ele descobriu que era bobo, pois todo seu medo havia encurralado-o por nada. Ela tivera imprevistos.
Ele imaginou de tudo. Ele causou sua própria dor. Ele se feriu, enquanto Ela nele pensava.
Ele imagina demais.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

da falta de erudição.

estava eu constatando a juventude. e foi angustiante o momento em que percebi que o povo brasileiro é muito culto, e pouco erudito. sim, muito culto. em uma breve e forte vontade de "amansar minha falta de vocábulos", pesquisei sobre esta pequena palavra, e me decepcionei. ao que tudo indicava, cultura era para poucos. era ter o privilégio de sentar em um cenário bucólico, lendo machado, e ouvindo a nona de beethoven. porém, a cultura é tudo aquilo que nos redeia, e tudo, é TUDO. logo, funk carioca é cultura. que país é esse? descobri que o que eu buscava era erudição. e ser erudito não é apenas um capricho. é uma necessidade. um lazer. uma terapia. porém, o que raios é ser erudito, no mundo de hoje? ninguém ao certo sabe. um erudito teria um blog, orkut, facebook? um erudito estaria livre de todos esses vícios? não sei... sei apenas que as pessoas não são eruditas. aonde está a diversão em encher a cara, se drogar e gastar centenas de reais com prostituição? Anahy, me explique. Di, se tiver um tempo depois dos ensaios, me diga também. Aliás, hoje eu tenho aula de música. Já parou pra pensar no lixo sonoro em nossas rádios? eu, infelizmente, ja tive o desprazer. sério, cadê a erudição?! não se fazem mais músicos como antigamente. jovens, por favor, salvem o planeta. vocês, com certeza, não vão querer seus filhos ouvindo música eletrônica ao nascer, vão?! eu espero, sinceramente, que não...

Introdução

como todo texto precisa ser introduzido, venho por meio desta me apresentar. aficcionado por literatura, por música e pela vida. já me dizia renato: a vida é tão curta, e aínda é tão prejudicada. constato, escrevo, digo, faço. geração coca cola? filho da revolução.